Bênçãos ancestrais

02-02-2021

Em Candelárias, de forma consciente e num normal dia a dia. De trabalho no campo, de cuidado e de alimentação diária.

Fui à poda do grande Pilriteiro

Seguido de entrega a este vale, em limpeza de troncos velhos, e muitos novos espaços sagrados e dedicados à simplicidade natural que transcende aquilo que se vê a olhos nús.

De elixir saudade na chávena. 

Entrego-me de corpo e alma ao desconhecido.

Sem saber, mas com vontade de ver e sentir ancestrais.

Tenho sentido a minha avó Ilda tão presente, e nessa noite, depois de um bom banho de imersão, de uma grelha cristalina e herbal, senti-a, vi-a, abracei-a e fui sentida, vista e abraçada.

Que honra saber e reconhecer que sou mais do que este corpo. Mais do que esta materialização corporal.

Que, na verdade, não sou este corpo.

Que tudo é mais do que só isto e que “só” isto é divino e sagrado.

Que a sabedoria velha e ancestral está presente em mais do que a familía e que se estende à Natureza, a estes cristais, a estas plantas e a tantos seres que nem se vêm.

Que honra vó Ilda.

Que honra Pilriteiro.

Que honra estar neste corpo e vivenciar a vida terrena, em matéria, espírito e tudo o mais que não se vê.


Abençoado Pilriteiro.

Abençoada ancestralidade.