Homenagem à mãe Ayahuasca
Na loucura dos ventos, no molhado da chuva.
Sem saber onde estou e o que vem.
O que é.
Não importa. Nada importa.
É Porto seguro.
É de todas as cores.
Fluorescente.
Intensa. Sabia e tão tão mágica.
Sempre a responder em profunda sabedoria cósmica.
Em Amor. Em verdade.
Inesquecível és.
Medicinal és.
Resplandecente.
Guiando-nos nos caminhos da alma, do espírito, do corpo.
Num todo universal.
Num reino encantado.
Seres divinos, seres de luz.
Tudo mostra porque tudo vê.
Tudo a seu tempo.
Guia-nos não aprendizagem de vivências milenares.
De vivências, na verdade, sem tempo nem espaço.
É o tudo é o nada ao mesmo tempo.
O coração bate forte ao relembrar.
Porque ainda estás aqui.
Estás sempre aqui.
Enrolada em ti própria, na terra e no céu.
Sonhas-te nos sonhos dos humanos.
Trabalhas com animais e outros seres.
De que és feita?
Quem és tu?
Não interessa.
O meu amor por ti é eterno!
És sagrada e tão tão misteriosa.
E, ao mesmo tempo, conheço-te tão bem.
Porque tu és eu e eu sou tu.
Tu.
Eu.
O Amor rebenta fronteiras e tu és amor.
Tu és tão tudo, tão linda...!
Não te esqueço.
E agradeço-te profundamente pela tua medicina que não é entendida com a mente, mas em coração e em corpo.
Que seja tudo o que revelaste e que eu me responsabilize pelo que foste nestas noites.
Avé mãe rainha, avé senhora da floresta, avé senhora dos seres mágicos medicinais!
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|Episódio 1 da Série 2 do podcast Cházinho com a Raquel|